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Fraude no FGTS: PF investiga quadrilha que desviou R$ 7 milhões de jogadores de futebol

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A Polícia Federal realizou, nesta quinta-feira (13), a 3ª fase da Operação Fake Agents, no Rio de Janeiro, com o objetivo de desmantelar um esquema milionário de saques fraudulentos do FGTS que atingiu jogadores de futebol, ex-atletas e treinadores. Segundo as investigações, o grupo teria desviado cerca de R$ 7 milhões.

Entre as vítimas identificadas estão Paolo Guerrero, Gabriel Jesus, Ramires, João Rojas e Christian Cueva. O golpe era comandado, de acordo com a PF, pela advogada Joana Costa Prado Oliveira, que se valia de contatos dentro da Caixa Econômica Federal para liberar valores de forma indevida. A profissional teve a carteira da OAB suspensa, de acordo com O Globo.

A apuração teve início após a denúncia de um banco privado, que identificou uma conta aberta com documentos falsos em nome do atacante Paolo Guerrero. O jogador peruano teria sofrido um desvio de R$ 2,2 milhões, resultado de solicitações fraudulentas ao Fundo de Garantia.

Durante esta etapa da operação, os agentes da PF cumpriram quatro mandados de busca e apreensão: três em residências de funcionários da Caixa, localizadas na Tijuca, Ramos e Deodoro, e um em uma agência bancária no Centro do Rio.

Com o avanço das investigações, surgiram novas vítimas, incluindo ex-jogadores, treinadores e atletas estrangeiros que passaram pelo futebol brasileiro. Os suspeitos podem responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, entre outros crimes.

Esquema atuava há mais de uma década

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha operava desde 2014, estruturando uma rede para desviar valores do FGTS de atletas desligados de clubes. O grupo contava com advogados, bancários, empresários e até ex-jogadores.

O método era sempre o mesmo: identificar atletas que haviam deixado os clubes, falsificar assinaturas e documentos para solicitar o saque junto à Caixa Econômica Federal e, em seguida, abrir contas em outros bancos em nome das vítimas. Depois, o dinheiro era transferido para contas de laranjas, dificultando o rastreamento dos recursos desviados.

Fonte: Correio 24 Horas

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