O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que todas as evidências coletadas durante as investigações indicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento do plano golpista que visava mantê-lo no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Todos os elementos de prova indicam que sim, o ex-presidente sabia da trama golpista por isso, isso e isso. Depoimento, troca de mensagens, registro de impressora, entrada no Planalto etc. É uma investigação muito responsável. Não são ‘vozes da minha cabeça’. Está documento. Tudo que está posto ali tem sustentação fática”, disse o diretor-geral, em conversa com jornalistas no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF, em Brasília.
Durante o encontro, o delegado foi questionado sobre possíveis “lacunas” ainda existentes no inquérito, como a identidade de cinco militares envolvidos no esquema que incluía um suposto plano para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Além disso, foi mencionada a possibilidade de um quarto alvo, identificado apenas como “Juca”. Andrei esclareceu que o foco do inquérito foi nos atos concretos relacionados à tentativa de golpe de Estado, sem se aprofundar em um possível plano de assassinato. “Ninguém foi indiciado por tentativa de homicídio”, enfatizou.M1