A Polícia Federal (PF) deflagrou, na quinta-feira (26), a Operação Rapax, que investiga uma organização financeira que explorava mulheres por meio de agenciamento, recrutamento e exploração sexual na Europa.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva. Os agentes também bloquearam R$ 26 milhões em criptomoedas e aplicaram medidas cautelares de prisão aos investigados. As ações ocorreram em São Paulo (SP), Goiás (GO), Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul (MS).

De acordo com a PF, a organização criminosa tem sede no Brasil, Croácia e Bélgica, atuando no agenciamento, aliciamento e recrutamento de mulheres brasileiras para exploração sexual e trabalho forçado na Europa.

Marina Bernardes, coordenadora-geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, afirma que o tráfico de pessoas é um crime complexo que utiliza fraude e abuso de vulnerabilidade para fins como a exploração sexual. “Além disso, é um fenômeno que reflete uma violência baseada em gênero, uma vez que, nesses casos de exploração sexual, mulheres e meninas estão entre as mais vulneráveis. Na Operação Rapax, o crime é transnacional e requer efetiva cooperação com outros países para seu enfrentamento”, disse.